A luz brilhou na Terra dos Cajueiros – Panorama Histórico dos Batistas em Sergipe 1913 – 2013
Numa cidade relativamente pequena, um grupo de fieis tentava se substabelecer em meio à adversidade da situação sócio-econômico-financeira. Contar a história dos batistas sergipanos no decorrer destes cem anos é fazer uma viagem aos primórdios, atravessar o Rio da Unidade Nacional, perpetrando o resgate de preciosas memórias, palmilhando tal qual os pioneiros fizeram. Saindo da cidade alagoana de Penedo, “passaram a Macedônia”, chegaram ao ponto pretendido, Sergipe. As portas foram se abrindo e espaços físicos foram ocupados por vários pontos de pregação.
Os pastores contavam tão somente com a providência de Deus enviando os missionários da Junta de Richmond que aceitavam o convite de um campo ainda imberbe. A história dos batistas sergipanos é marcada por desafios percorrendo caminhos antes desconhecidos até mesmo para os mais longevos, um trajeto descortinado por escassez de transportes, recursos financeiros, trabalho, dificuldade de sustento, sem contar com a incompreensão e aceitação do clero dominante.
O pequeno grupo migrou por imóveis de propriedade dos próprios fiéis a aluguéis em pontos estratégicos da cidade de Aracaju. Houve época em que três obreiros tinham a responsabilidade de orientar oito instituições na capital e interior do Estado. Um início marcado a partir das cidades ribeirinhas compreendendo Propriá e Neópolis, estendendo-se ao município de Maruim. Obreiros compromissados doaram disposição e tempo em prol do ensino da palavra de Deus.
A ação evangelística iniciada pelo missionário Charles Franklin Stapp foi expandindo-se na conquista de almas para o reino de Deus; o campo já se apresentava com expressão pujante através da Primeira Igreja Batista de Aracaju, Igreja Batista de Propriá, Igreja Batista de Neópolis, Igreja Batista Brasileira de Aracaju e Igreja Batista de Maruim. Daí em diante a perspicácia dos lideres, associada à segurança doutrinária da membresia, dava sequência à esperada expansão da denominação em todas as direções.
Os avanços são creditados ao ardor missionário dos pioneiros, ministrando estudos bíblicos, ação fraternal através da beneficência, Séries de Conferências e os mutirões pró-cidadania. Observa-se que a denominação tem cumprido sua missão evangelizadora, vencendo a distância geográfica dos setenta e cinco municípios sergipanos.
A época de consolidação nada mais é do que o contemporâneo aonde a capacitação e a especialização tão esperada pelos estudiosos chegou, proporcionando tempo de excelência, onde buscar e fazer a mensagem de Deus conhecida tem-se constituído no compromisso maior dos batistas em Sergipe. É tempo de avançar galgando novos horizontes.
Se chegamos a levar presença batista em 72 municípios, certamente os três a alcançar estão em fase de construção dos alicerces, que precisam de bases mais sólidas para não acontecer como a areia da praia, que esvoaça a qualquer vento.