Clio Digital: Memórias e Histórias de Sergipe (200 anos da Independência) formação
Este livro segue o caminho de preencher um espaço ainda não preenchido e representa um esforço de incluir novas pesquisas. Ele é fruto de um evento realizado no ano de 2020, no qual se comemoraram os duzentos anos da independência de Sergipe.
A quantidade e a variedade de temas são bem notadas no evento on-line que realizamos de 01 de agosto a 02 de dezembro de 2020, denominado Clio Digital. Memórias e Histórias de Sergipe. Duzentos anos de independência. Esse evento foi uma realização do nosso grupo de pesquisa – GPCIR – e contou com a parceria do DHI – Departamento de História e da PROHIS – Pós-graduação em História da UFS. A escolha dessa variedade de pesquisas tem tudo a ver com a nossa experiência no estudo do passado sergipano, ministrando aulas, realizando eventos, orientando alunos, participando de bancas, produzindo textos. Tudo isso, vale ressaltar, foi de grande valia para reunir muitos pesquisadores ligados à UFS e fora dela.
Este nosso livro é resultado desse evento digital. Os autores escreveram seus textos como se estivessem nos convidando a uma mesa de bar ou de cozinha bem aconchegante, repleta de comes e bebes deliciosos, como um café, um vinho ou um suco de caju, acompanhado de um bom cuscuz com ovos e outras delícias. Ao escrevermos estas linhas, sentimos o cheiro dessas comidas. Reler os textos que os autores nos enviaram para compor esta obra nos faz lembrar dos momentos em que apresentaram suas palestras-lives. Acreditamos que muitos desses textos, escritos de forma leve, também nos fazem sentir que estamos frente a frente com eles. Degustar os textos científicos não necessariamente tem de ser no espaço de uma biblioteca particular ou pública, com postura semelhante à de um erudito medieval. Ótimas risadas são também necessárias e regadas a café, por exemplo.
Que Clio chegue aos diversos lugares fora dos muros da universidade – como apregoa a História Pública. Que ela alcance o Brasil e o estrangeiro, fazendo com que mais gente conheça o passado sergipano, como desejou Felisbelo Freire. Em tempos virtuais, a velocidade da informação é surpreendente e, desse modo, nosso tempo é diferente daquele vivido por Freire. Palestras em forma de lives (e gravadas), livros nos formatos impresso e digital propagam as novas pesquisas e dão visibilidade aos novos pesquisadores. Clio se lança, portanto, a mares dantes não navegados.
Também chegue Clio a nossos mares. Fico surpreso com a quantidade de sergipanos que ainda não conhecem a sua história e ou não a valorizam.